Qui, 28 de Novembro de 2013
Em 10 anos,
escolas deverão ter 7 horas diárias de atividades em sala da aula
A comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a
reformulação do ensino médio aprovou hoje (26) o relatório final do deputado
Wilson Filho (PTB-PB). Entre outros pontos, o relatório altera a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação para propor a adoção do ensino médio integral
para 50% dos alunos da etapa de ensino no prazo de cinco anos após a aprovação
da matéria. O objetivo é que em dez anos, a totalidade das escolas deverá
oferecer o ensino médio com sete horas diárias de atividades em sala da aula.
Outra mudança determina
que a grade curricular seja dividida por áreas de conhecimento e não mais por
disciplinas. No último ano do ensino médio, os estudantes poderão escolher um
destes segmentos: linguagens; matemática; ciências da natureza e humanas; ou,
ainda, optar pela formação profissional. Além disso, o aluno, ao concluir o
ensino médio, poderá cursar novamente o 3º ano, priorizando uma outra área do
conhecimento.
Serão tratados como
temas transversais: prevenção ao uso de drogas; educação ambiental; ensino para
o trânsito; educação sexual; cultura da paz; empreendedorismo; noções básicas
da Constituição Federal e do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90);
ética na política; participação política; democracia e exercício da cidadania.
O relatório estabelece
ainda que o ensino médio noturno só poderá ser cursado por pessoas com mais de
18 anos e terá uma carga reduzida de quatro horas diárias, com duração de
quatro anos. O projeto de lei será analisado por outra comissão especial, que será
criada especificamente para esse fim. Depois, a proposta, se aprovada, seguirá
para o plenário da Casa.
A comissão foi criada
para propor melhorias para o período considerado crítico no ensino. Em 2012,
8.376.852 alunos estavam matriculados regularmente e 1.345.864 cursavam o
ensino médio pelo Educação de Jovens e Adultos (EJA), de acordo com o Censo
Escolar. A maioria das matrículas do ensino médio está na rede estadual de
ensino (84,9%). As escolas privadas ficam com 12,7% das matrículas, as escolas federais
com 1,5% e as municipais com 0,9%.
A defasagem idade-série
ainda é alta. Segundo o Ministério da Educação (MEC), em 2012, dos estudantes
matriculados no período, 31,1% têm idade acima do esperado para a série que
cursam. Ontem (25), a pasta anunciou o investimento de R$ 1 bilhão no Pacto
Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, que prevê a formação continuada
de professores do ensino médio público.
Fonte: ORM
Fonte: ORM
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