Qui, 17 de Julho de 2014
Ao menos 4,7 milhões de computadores pessoais foram “desinfectados” pela mais recente e bem-sucedida ação de combate a cibercrimes executada pela Microsoft. As informações são da Digital Crimes Unit, unidade de pesquisa da empresa fundada por Bill Gates. De acordo com os dados divulgados (via Reuters), milhões de máquinas infestadas por botnets (coleção de softwares ou bots que age de forma autônoma e automática) foram alvos da ação.
Ao menos 4,7 milhões de computadores pessoais foram “desinfectados” pela mais recente e bem-sucedida ação de combate a cibercrimes executada pela Microsoft. As informações são da Digital Crimes Unit, unidade de pesquisa da empresa fundada por Bill Gates. De acordo com os dados divulgados (via Reuters), milhões de máquinas infestadas por botnets (coleção de softwares ou bots que age de forma autônoma e automática) foram alvos da ação.
Dentre os países
com as mais altas taxas de computadores infectados, destacam-se Índia, Egito,
Argélia, Paquistão, México e Brasil.
De acordo com Richard Domingues Boscovich, um dos diretores do centro de
combate a crimes cibernéticos da Microsoft, este é o primeiro caso grave
envolvendo o alastramento de malwares fora da Europa Oriental. Também segundo
os especialistas, os endereços de IP das máquinas atingidas pelas botnets serão
repassados aos governos locais para que medidas de remoção sejam então
executadas.
“As vítimas não
sabem que estão infectadas”, diz Boscovish – o que justifica a divulgação dos
IPs afetados pelos agentes criminosos também aos servidores do mundo todo. O
executivo afirma que esta foi a melhor ação de combate a cibercrimes já
executada pela Microsoft; ao todo, 10 intervenções foram feitas pela Digital
Crimes Unit. Para que as máquinas afetadas fossem detectadas, o tráfego da
empresa Vitalwerks foi interceptado – este foi o canal usado pelos
cibercriminosos responsáveis por “comandar” os computadores comprometidos.
Mapa exibe máquinas infectadas pelos softwares Bladabindi e Jenxcus em
2013.
A atitude tomada pela Microsoft, contudo, não
agradou à Vitalwerks devido ao fato de que, durante a intervenção, 1,8 milhão
de usuários dos serviços oferecidos pela empresa ficaram sem comunicação com os
servidores “durante vários dias”. A provedora de internet disse que teria
cooperado com a Microsoftse
um comunicado prévio tivesse sido feito – o que não aconteceu. Em pedido de
desculpas, a Microsoft justificou-se às custas de um “erro técnico”;
atualmente, todos os serviços oferecidos pelos servidores da Vitalwerks estão
em funcionamento.
A operação foi iniciada no dia 30 de junho sob
ordem judicial. Os alvos visados pela ação de contenção de ataques foram os
softwares “Bladabindi” e “Jenxcus”, programas maliciosos criados e distribuídos
a partir do Kuwait (Argélia).
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