Qui, 1 de Dezembro de 2013
Inadimplência foi reduzida em 2013, de acordo com sindicato
Apesar de
ter crescido a procura por educação privada, especialmente por parte da nova
classe média, não houve um aumento da inadimplência nas escolas e universidades
particulares. "Neste ano esperávamos uma inadimplência maior, mas ela se
reduziu", diz o vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de
Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), José Augusto de Mattos Lourenço.
A
entidade que representa 10 mil colégios particulares no Estado de São Paulo
registrou inadimplência de 7,6% das mensalidades a receber em outubro deste
ano, ante 7,9% em setembro e 7,8% em outubro de 2012. Em agosto deste ano, o
índice de calote estava em 8,15%.
Movimento
semelhante foi registrado entre as faculdades particulares. Pesquisa feita pelo
Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no
Estado de São Paulo (Semesp) mostra que os atraso no pagamento das mensalidades
superior a 90 dias em todo o País, que estava 8,46% em 2011, encerrou o ano
passado em 8,43%. A entidade realiza pesquisa sobre a inadimplência apenas
anualmente, por isso o último dado disponível é de 2012.
De acordo
com a direção do Semesp, essa relativa estabilidade do índice de calote dos
alunos reflete não só o aperfeiçoamento da gestão de cobrança das instituições,
mas, principalmente, o crescimento do uso do Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies), programa do Ministério da Educação destinado a financiar estudantes de
cursos de graduação.
Lourenço
diz que, com a forte entrada da nova classe média em escolas particulares, a
expectativa dos donos de colégios particulares era que a inadimplência
aumentasse. "Mas não foi isso que se viu. Achamos até estranho: a inadimplência
está abaixo da média histórica", diz o vice-presidente. Isso significa,
segundo ele, que as pessoas estão com mais renda ou que a nova classe média
está buscando alternativas, como um trabalho extra, para não atrasar o
pagamento da escola dos filhos.
De acordo
com a pesquisa da Vagas sobre pessoas que buscam trabalho temporário neste fim
de ano para saldar dívidas, incluindo nesse rol despesas com educação, a maior
parte das dívidas (39%) está entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Em seguida estão as
pendências de até R$ 1 mil, com participação de 26%. Já as dívidas de maior
valor, entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, e a acima de R$ 5 mil, têm fatias menores, de
17% e 14%, respectivamente.
Fonte:
Estadão Conteúdo
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