Dom, 1 de Setembro de 2013
Pelo menos 1.500 pessoas participam dos atos
30/08/2013 - 11:19 - Belém
Várias centrais sindicais no Pará participaram do Dia
Nacional de Mobilização e Paralisação, que aconteceu em todo o país, na manhã
desta sexta-feira (30). Em Belém, os protestos saíram da Praça
da República e da Praça Santuário e tiveram como destino o Centro
Integrado de Governo (CIG), na Avenida Nazaré. A mobilização nacional reivindica,
entre outras questões, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais
sem redução salarial, valorização das aposentadorias, rejeição ao Projeto de
Lei 4.330/04, que regulamenta a terceirização nos serviços público e privado,
além da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, de
10% do orçamento da União para a saúde e melhorias no transporte público. Pelo
menos 1.500 pessoas participaram das manifestações na capital paraense.
O Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Pará), juntamente com Sindiprev (Sindicato dos Servidores Públicos
Federais em Saúde no Pará), MST (Movimento Sem-Terra) e Adufpa (Associação dos
Docentes da Universidade Federal do Pará) saíram em caminhada da Praça
Santuário e percorreram a Avenida Nazaré até o CIG para pressionar o Governo.
De acordo com Mateus Ferreira, coordenador do Sintepp, os trabalhadores em
educação pediam melhorias na área.
'Estamos em negociação tanto com o governo estadual
quanto com o municipal e não avançamos e por isso estamos nas ruas. A luta hoje
é pelo PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) unificado e também por
melhorias nas escolas e nas condições de trabalho da categoria', explica.
Ainda segundo Mateus, os professores municipais iniciam greve na segunda-feira
(2) e mais de 72 mil alunos serão atingidos pela paralisação. A categoria quer
pagamento do piso nacional; a formulação e aprovação do PCCR; a
democratização nas escolas; o pagamento da progressão horizontal; a
reestruturação do Ipamb; a implantação da jornada com garantia de um terço de
hora-atividade; agilidade na planilha de reforma e construção de unidades
escolas, entre outros pontos.
Outra categoria que participou do movimento é a dos
professores e técnicos-administrativos do IFPA (Instituto Federal do Pará). O
objetivo dos profissionais da educação foi denunciar a precarização da educação
e as péssimas condições de trabalho, que, segundo eles, contextualiza a
realidade atual dos servidores. Vários professores e servidores de alguns
órgãos municipais e estaduais também fizeram parte do protesto, assim como os
trabalhadores do setor da construção civil em Belém, que já sinalizaram o começo
de uma greve para segunda-feira (2).
Em assembleia geral realizada ontem (29), os
trabalhadores rejeitaram a proposta das empresas do setor: pagamento de 9% de
reajuste salarial; piso de R$ 1.200,00 (hoje é de R$ 983,00) para o
profissional de construção civil (pedreiros e carpinteiros) e o piso de R$
842,00 para serventes, que têm hoje piso de R$ 710,00. Os operários também
reivindicaram cesta básica no valor de R$ 292,00.
Os trabalhadores saíram em caminha da Praça da
República e foram até o CIG. 'O que contaremos mesmo é quantas empresas,
fábricas, agências bancárias e escolas permanecerão fechadas, pois é a
paralisação das atividades econômicas que traz o prejuízo financeiro e,
infelizmente, este é o único jeito de chamar a atenção da patronal', explicou
Atenágoras Lopes, um dos coordenadores do Sindicato da Construção Civil de
Belém.
O Sindicatos dos Bancários também realizaram um
protesto na Avenida Presidente Vargas, no centro de Belém. 'Estamos
fortalecendo a luta de todas as categorias. A paralisação dessa sexta-feira
(30) está sendo organizada de forma unificada por todas as centrais sindicais
em defesa de uma ampla pauta dos trabalhadores em defesa do emprego, da saúde,
da educação, do transporte público, da reforma agrária, da democratização dos
meios de comunicação', explicou Rosalina Amorim, presidente do Sindicato.
A categoria reivindicou aumento de 11,93%, participação em lucro e resultado dos bancos na faixa de três salários base e mais R$ 5,5 mil, segurança bancária, fim do assédio moral e melhores condições de trabalho.
A categoria reivindicou aumento de 11,93%, participação em lucro e resultado dos bancos na faixa de três salários base e mais R$ 5,5 mil, segurança bancária, fim do assédio moral e melhores condições de trabalho.
Os mototaxistas de 23 municípios de
Belém também realizaram um protesto pela Avenida Almirante Barroso para
pedir a regulamentação da profissão e mais segurança no trânsito ao governo do
Estado. O trânsito ficou complicado e o protesto finalizou no centro de Belém.
Os representantes dos sindicatos que participaram dos
protestos estão reunidos nesta tarde na sede do Sintepp para definição dos
próximos passos do movimento.
Redação Portal ORM
Fonte: O Liberal/ Arquivo
Fonte: O Liberal/ Arquivo
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